sábado, 25 de dezembro de 2010

Apresentação do "Pangaré"

Pangaré.

No dicionário pode ser um adjetivo de dois gêneros.

Define, geralmente, um eqüídeo cujo pêlo é de um tom amarelado mais claro que o douradilho, mostrando-se como que desbotado no focinho, no baixo-ventre e nalgumas outras partes do corpo.

Ou então, pode ser um substantivo masculino.

Representa um cavalo com as características acima, ou um cavalo manhoso, estragado, ou ainda um cavalo reles, muito ordinário, imprestável e sem utilidade. Mas, na prática isso é mentira.

“O interior do Brasil está repleto de cavalos sem raça definidas, os conhecidos pangarés, prestadores dos mais diversos tipos de serviços e de lazer. Sempre fiel ao seu dono, o pangaré pasta todo tipo de capim, anda em todo tipo de solo, toma chuva , toma sol, puxa charrete, é forte como touro, manso de sela e dá aulas de iniciação em montarias para crianças e muitos adultos com sua paciência do Jó. Coice? Só quando for ameaçado, afinal, ninguém é de ferro!” (Viviane Taguchi)

Todavia, para mim, “Pangaré” não é nada disso. Para mim, “Pangaré” é o meu NIVA 1992. Ainda que determinadas características sejam coincidentes, por isso o seu nome.

No documento consta “bege” (aquele branco encardido da Lada). Mas, foi pintado na exclusiva cor denominada pelo meu “cumpade” Flugêncio de “jerimum caboclo”. Praticamente a descrição da cor de um pangaré lá no início.

Vejam se as outras características, com as devidas adaptações, não descrevem um NIVA: “Sempre fiel ao seu dono (ou o dono fiel ao seu NIVA), o pangaré pasta todo tipo de capim (as “alcolinas” brasileiras), anda em todo tipo de solo (4X4 full time), toma chuva (lama), toma sol (areia), puxa charrete (outros “4X4” atolados nas trilhas), é forte como touro (reduzida), manso de sela (suspensão macia) e dá aulas de iniciação em montarias (iniciação em 4X4) para crianças e muitos adultos com sua paciência do Jó.”

Quanto ao coice (quebras)... É o que merecem os maus proprietários que não dão o devido cuidado à sua manutenção, por acharem que pelo fato de ser rústico tem que agüentar desaforo.

Tal qual um velho cavalo abandonado, encontrei o meu “Pangaré”, em um terreno baldio com um aviso “VENDO OU TROCO”.

Olhando mais atentamente, pareceu-me mais uma prostituta velha, daquelas que usam quilos de maquiagem, para disfarçar as marcas das “trilhas” da vida, visando atrair algum incauto freguês.

Calombos de massa eram perfeitamente visíveis por debaixo de uma tinta brilhando de nova. O assoalho era um remendo por cima do outro.

Talvez eu quisesse ser tapeado ou talvez eu goste de animais abandonados (e gosto). Só não me perguntem sobre as prostitutas...

Enfim, adotei o “Pangaré”.

Este é o meu “Pangaré”.

Um comentário:

  1. Acabei de encontrar seu blog por imagens do google, vejo agora em 2012 e não existia nenhum comentário hehehe, a sua descrição lembrou a compra da minha brasilia bem recente até, só que a minha esta muito pior xD, a intenção também são trilhas, estarei lendo todos os seus posts já feitos, se você ainda esta acompanhando os comentários vera mais dos meus nos apropriados, vlwww

    ResponderExcluir