sábado, 25 de dezembro de 2010

Já sabendo eu ia ter que fazer uma reforma geral, comecei a desmontar o “Pangaré”.

E desmontar, para mim, significa arrancar tudo mesmo.

A situação das "partes baixas" estava crítica. A longarina direita no compartimento do motor estava rachada. Quase que totalmente seccionada.

A caixa da bateria, vista por dentro, não existia mais.



O assoalho estava uma lástima. Era um podre em cima de outro podre.
Eu explico: Quando abria um buraco de ferrugem no assoalho, ao invés de cortarem a chapa apodrecida, só faziam soldar outra chapa em cima. Ou seja, tinha lugares que tinham duas ou três chapas podres uma sobre a outra.



Na saia dianteira (aquela parte abaixo da grade que fica na frente do radiador) é o melhor exemplo da palavra "logro".
Olhando por fora estava linda, com a pintura reluzente, mas, ao futucar...
Tinha pedaços em que a massa plástica tinha 10 mm de espessura (medidos com o paquímetro).



Por trás, uma lástima. De novo chapa por cima de chapa. Pedaços de chapa tão finos que pareciam de latas de óleo de soja. Tudo isso, devidamente camuflado com aquele tal "batida de pedra" preto.



É como diz o meu amigo Thiago: "Por fora bela viola..."
Mais uma vez fiquem espertos quando virem o fundo de um carro todo pintadinho com aquele pretinho rugoso.



Eu já (achava que) sabia o que ia encontrar e estava disposto a encarar o desafio.
Sempre tive vontade de recuperar um carro antigo. Não um NIVA, pois ele nem é tão antigo assim, porém, ia servir de terapia e distração no meu "exílio".
Mas, em uma situação dessas, o comprador incauto que se sentir lesado pode acionar o vendedor cível e criminalmente. Essa prática configura (me corrijam os advogados de plantão) estelionato.
Se bem que, conhecendo a Justiça da "República das Bananas", talvez seja mais rápido, barato e prazeroso reformar o NIVA.

Então... MÃOS À OBRA.

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